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“Se você não dedicar tempo suficiente para se conhecer, acabará absorvendo a definição que todos os outros têm de você.”E me dei conta: com que frequência deixamos isso acontecer? Com ​​que frequência deixamos o mundo, nossos amigos, nossas famílias e até mesmo estranhos nos dizerem quem somos?

Pense nisso.

Se você não reservar um tempo para descobrir o que ama, o que defende e o que te faz sentir vivo, outra pessoa decidirá por você. E o mais assustador é que você pode nem perceber. Um dia, você acordará e perceberá que tem vivido uma vida moldada pelas opiniões de todos os outros — exceto a sua.

Não acontece de repente. Quando alguém lhe diz: "Você é muito sensível", você para de expressar suas emoções. Ou quando diz: "Você é tão quieto", você se força a falar mesmo quando não quer. Ou quando insinua que você não é o suficiente como é, e passa anos tentando ser outra pessoa.

E para quê?Para agradá-los? Para se encaixar? Para se sentir digna?

Deixa eu te dizer uma coisa: ninguém mais pode te definir. Nem seus amigos, nem seus pais, nem a sociedade. Só você pode fazer isso. Mas a questão é: dá trabalho. É preciso sentar com você mesmo, fazer perguntas difíceis e ser brutalmente honesto sobre o que você quer e quem você é. Não é fácil. É confuso, desconfortável e, às vezes, solitário. Mas vale a pena.

Porque a alternativa? É viver a vida como um espelho, refletindo as expectativas dos outros, mas nunca mostrando seu verdadeiro eu. É acordar um dia e perceber que você nem sabe mais quem você é.

Então, eu te pergunto, aqui e agora: quando foi a última vez que você dedicou um tempo para se conhecer? Quando foi a última vez que você se perguntou: "O que eu realmente quero? O que me faz feliz? Em que eu acredito?"

Se você ainda não tem as respostas, tudo bem. Mas comece a perguntar. Comece a prestar atenção às coisas que te iluminam e às que te esgotam. Comece a dizer não ao que não parece certo, mesmo que decepcione os outros. Comece a dizer sim às partes de si mesmo que você ignorou por muito tempo.

Você deve a si mesmo viver uma vida que seja sua. Uma vida em que você saiba quem você é e se mantenha firme nisso. Porque o mundo sempre tentará lhe dizer quem você deve ser. Mas você? Você decide se quer ouvir.
Se isso recompensa a indignação e pune o pensamento, pare de seguir.
Se isso faz você comparar sua vida a uma ficção, pare de seguir.
Sua paz é inegociável.
Se isso monetiza sua ansiedade, pare de seguir.
Se isso fragmenta seu foco em bytes inúteis, pare de seguir.
Se isso reduz sua humanidade a métricas, pare de seguir.
A vida real acontece além das telas.
Se promete conexão, mas gera isolamento, pare de seguir.
Se transforma seu tempo em lucro para alguém, pare de seguir.
Se te faz sentir pior a cada rolagem, pare de seguir.
Você era completo antes que te fizessem duvidar disso.
Estamos chegando a um gargalo familiar na IA. Anteriormente, os humanos tinham que codificar manualmente os padrões que a IA conseguia reconhecer. Com o aprendizado profundo, as máquinas começaram a aprender padrões por conta própria, sem assitência humana. Com humanos (relativamente caros, lentos e obsoletos) fora do circuito, jogamos soltas as máquinas no escrutínio dos dados do mundo, até que elas começassem a falar, codificar e pintar. Muitas pessoas acreditavam que isso seria suficiente para alcançar a superinteligência artificial - mas não foi.

Ficamos sem dados. Felizmente, nossos bots recém-nascidos podiam se comunicar 24 horas por dia, 8 dias por semana - não apenas com centenas de milhões de pessoas, mas também com outros programas. Esses programas faziam perguntas aos bots, verificavam suas respostas e, em seguida, usavam as respostas corretas para aprimorar ainda mais os modelos. Dados infinitos e gratuitos. Se os dados do mundo não bastassem, dados infinitos deveriam bastar - mas não basatavam.

Estamos assistindo à ascensão dos raciocinadores - modelos que "pensam" antes de dar uma resposta. Modelos que geram uma série de palavras para aumentar a propabilidade de eventualmente produzir algo que queremos. Com certeza, com certeza, é isso. Assim que treinamos um modelo para raciocinar, ele será capaz de raciocionar sobre suas próprias respostas e, de alguma forma, magicamente, se autoaprimorar.

Esse autoaperfeiçoamente infinito provavelmente não acontecerá. Da mesma forma que uma quantidade fixa de massa não pode produzir energia infinita, suspeito que uma quantidade fixa de informação não possa produzir inteligência infinita, não importa o quanto a realimentamos. Fundamentalmente, um modelo precisa de informações externas, sejam elas uma resposta de um sistema externo ou um ser humanos filtrando sua saída anterior para garantir qualidade.

Fornecemos algumas informações externas usando sistemas de verificação formais, e é por isso que o desempenho em matemática e programação é o principal fator.

Desta vez, não dizemos apenas às máquinas quais padrões procurar; em vez disso, filtramos dados sintéticos para "direcionar" o modelo para as respostas que preferimos, ou seja, dizemos a elas quais padrões procurar, mas de forma mais barata.

Neste ponto, se a mistura certa de dados selecionados pudesse produzir superinteligência, isso teria acontecido. Estaremos nos aproximando do limite do que esses sistemas podem fazer. Não me entendam mal, eles podem fazer muita coisa – são basicamente mágicos – mas geralmente não conseguem se autoaprimorar sem humanos ou verificadores. E, honestamente, não consigo imaginar o que mais virá além de uma IA autoaprimorável. 

A resposta ainda depende dos humanos. Para desgosto de alguns homens arrogantes no Vale do Silício, as pessoas ainda são um ingrediente-chave. 
A vida às vezes pode ser difícil - nós mesmo aprendemos isso rapidamente. Mas o que às vezes sutilmente ou explicitamente, é que a vida parece fluir melhor depois que as partes difíceis passam. Que se você está se sentindo ansioso, precisa resolver a situação antes de poder falar. Que, se você está de luto, precisa esperar até que a tristeza passe antes de poder recomeçar. A regra mental implícita é esta: que você precisa evitar se sentir mal para se sentir bem, e precisa se sentir bem antes de poder fazer bem, ou fazer o bem.

Mas é uma armadilha, na qual caímos porque quase faz sentido. Estamos acostumados a resolver problemas. Tocamos em fogão quente e afastamos a mão. Tratamos doenças e esperamos a recuperação. Mas o mundo dentro da nossa pele segue regras diferentes: quando se trata de pensamentos e sentimentos, tentar eliminar a dor muitas vezes piora.

A mente humana é uma ferramenta incrível, que nos permite imaginar, planejar, avaliar e criar. Mas essa mesma mente também nos diz que não deveríamos sentir o que estamos sentindo. Ela sussurra “Você precisa se livrar disso primeiro. Você precisa se sentir melhor antes de poder seguir em frente”. 

Em um processo de #“evitação experiencial”#.  Quanto mais começamos a organizar nossas vidas em torno de não sentir certas coisas, mais nos anestesiamos e mais nossas vidas se tornam mais curtas. Decerto também existe um outro processo de #“apego experiencial” baseia-se em uma ligeira modificação, você precisa se apegar a se sentir bem ou se sentirá mal, e precisa se sentir bem antes de agir bem.

A verdade é que, quanto mais buscamos a “felicidade” com apego “senão…”, mais ela se esvai! 

Vivemos em um mundo que venera o conforto e o controle. De livros de autoajuda a slogans publicitários, nos dizem que devemos ser felizes, que o desconforto é um fracasso, e que, se nos sentimos mal, devemos estar fazendo algo errado. Então naturalmente, começamos a lutar contra nossa dor. Nós a reprimimos, a anestesiamos, nos distraímos dela - mas isso significa que não podemos aprender com ela. Não podemos deixá-la assumir seu papel natural de transṕortar informações. Com supressão suficiente, podemos até nos tornar idiotas emocionais - sem nem mesmo saber o que sentimos.

Mas observemos que apegar-se a se sentir bem é outra forma similar de processo. Quando tentamos desesperadamente fixar bons sentimentos, eles também perdem valor informativo (em todo ou em parte). 

Tendo a acreditar que quantos mais tentamos controlar o mundo interior por meio da evitação e do apego, mais nos desgastamos. A energia gasta em ambas as formas, em vez disso, dever-se-ia ser usada para viver - e, ainda assim ficamos presos em um ciclo, tentando estabelecer os sentimentos “certos” antes de começarmos a agir.

Precisamos de uma capacidade maior de sentir plenamente, de nos mostrar no presente e de fazer o que importa, independentemente  dos pensamentos ou emoções que surjam. Dito de outro modo, as emoções ṕrecisam ter permissão para ir e vir, para que possam nos auxiliar na orientação em relação à nossa própria história e às circunstâncias atuais. Elas são mais como luzes no painel do carro.

Há um certo senso de liberdade que surge quando percebemos que não precisamos nos sentir melhores para viver melhor. Essa ansiedade não precisa desaparecer de você falar em público…. e da mesma forma que a felicidade não precisa ser “fixada no lugar”, como uma borboleta com alfinete, espetado nela para mantê-la no quadro de avisos, matando a própria emoção.

A vida pede nossa participação, não nossa perfeição. E seus valores - as coisas com as quais você realmente se importa - não exigem que você espere até se sentir pronto. Eles apenas pedem que você comece e apareça. Então, talvez hoje seja o dia de parar de evitar ou se apegar e começar a viver.

Li em algum lugar que as pessoas são como rios. Estamos em constante movimento, mudando, abrindo novos caminhos, fluindo. No começo, não entendi - como que eu poderia ser como um rio? Mas quanto mais eu pensava nisso, mais sentido fazia.

Você já parou à beira de um rio? Ele não tem pressa, ele não é vagaroso, ele tem um ritmo, ele flui. Não se preocupa para onde vai ou com os obstáculos que lhe são apresentados. Pedras? Ele flui em volta delas. Uma curva no caminho? Ele se adapta e continua se movendo. Não luta para permanecer o mesmo. Ele se deixa fluir.

Mas eis a questão: quantos de nós nos permitimos ser assim? Quantos de nós nos permitimos mudar, crescer e fluir sem culpa ou medo?

Apegamos-nos à ideia sobre quem achamos que deveríamos ser; às expectativas dos outros. A planos que não fazem mais sentido. E quando a vida nos joga uma pedra ou nos faz tomar um rumo que não prevíamos, resistimos, lutamos contra isso, tentamos permanecer exatamente como somos.

Mas talvez não estejamos destinados a permanecer os mesmos, talvez a questão não seja ser uma versão perfeita de nós mesmos, mas sim… aprender, desaprender, seguir em frente… seguir em frente, desaprender, aprender.

O rio não pede desculpas por mudar, por fluir, “ei espere eu costumava fluir diferente, não posso continuar assim”, ele se adapta, confia que para quer que vá, é para onde deve ir.

Então, por que não podemos fazer o mesmo? Por que não conseguimos abrir mão da necessidade de ter tudo resolvido? Por que não nos permitimos abrir mão do que não está mais funcionando - para fluir em uma direção diferente quando a vida nos pede?

Não se trata de desistir, mas sim de confiar que você tem permissão para crescer. Que não há problema em abrir mão de pessoas, sonhos ou versões de si mesmo que não se encaixam mais. Que você não precisa se destruir tentando permanecer o mesmo quando a vida pede que você mude.

A vida não é uma linha reta. Você passará por reviravoltas que não planejou. Enfrentará obstáculos que não esperava. Mas também abrirá novos caminhos, descobrirá novas paisagens.

 triste? Leia Marco Aurélio.

feliz? Leia Marco Aurélio.

inseguro? Leia Marco Aurélio.

bravo? Leia Marco Aurélio.

cheio de medo existencial? Leia Marco Aurélio.

Aqui está um pequeno conselho, que eu gostaria de ter aprendido anterior mente: salve a data.

Coloque a data em nomes de arquivos, coloque-a em tudo: entradas de diário, comida na geladeira, cada documento que você escreve... etc e etc; 

Sempre use um formato de data consistente. seja YYYY-MM-DD (ISO_8601) ou DD-MM-YYYY

A data é a peça fundamental dos metadados, ela ajuda você a classificar as coisas, encontrar as coisas e lembras as coisas. Leva apenas alguns segundos para escrever... pode economizar horas.